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Mostrando postagens com o rótulo Cultura

“A cultura popular propõe um chão de desafios para nos tornarmos indivíduos melhores”

As escadarias que levam aos andares superiores do Instituto Brincante são forradas de memórias. Retratos emoldurados em madeira revelam os rostos pintados e as indumentárias coloridas de quem fez história no espaço que há mais de duas décadas se dedica a estudar e disseminar a cultura popular brasileira.   Sua fundadora, a brincante e dançarina Rosane Almeida, está em alguns dos quadros, ora sozinha performando, ora de braços dados com o também fundador Antonio Nóbrega. O que é cultura popular, por Antonio Nóbrega Em entrevista para a plataforma Cidades Educadoras, o artista e brincante define a cultura popular como: Um conjunto de manifestações simbólicas que corresponde à uma linhagem formativa de nosso país, que pode ser desdobrada em diversas “configurações educativas”. Quando estrearam o espetáculo conjunto Brincante, em 1992, a dançarina natural de Curitiba (PR) e o ator pernambucano tiveram dificuldades de atrair o interesse dos palcos paulistas para as manifestações culturais q

Lia de Itamaracá e a ciranda na cultura popular brasileira

“Na ciranda me batizei e estou aqui com a ciranda no meio do mundo”, afirmou Lia de Itamaracá, um dos grandes símbolos da identidade e cultura brasileira, ao ser homenageada pelo bloco afro-feminino Ilú Obá de Min na abertura do carnaval de São Paulo (SP), na sexta-feira (dia 21). Nas ruas do centro da capital paulista, o grupo, composto por 450 integrantes, cujo nome significa “mãos femininas que tocam tambor para o rei Xangô”, cantou e tocou para a maior representante da ciranda brasileira. Os cantos da menina faceira da Ilha de Itamaracá, hoje com 76 anos, começaram ainda criança quando frequentava as rodas do Sargaço, Parque São Pedro, do Mestre Antônio Baracho e outros mestres da cultura popular. “Todo meu sonho era cantar, eu achava bonito quem canta, quem dança. Eu dizia sempre assim, meu Deus, eu queria um dia ser uma cantora para cantar para muito público, muita gente, para eu sentir aquele povo todo, será que eu vou alcançar isso meu Deus?”, relembra Lia. Não só alcançou, mas

Distopia, você sabe o que é? Definição, conceitos e obras

A palavra distopia, não é tão falada assim no mundo intelectual de hoje. Por isso, seu significado é pouco explorado pelos jovens. Mas, para explicar melhor, a palavra distopia é o contrário da palavra utopia. Em se você não tem ideia do que seja utopia, calma que a gente explica. A palavra, de modo geral, significa um mundo irreal, um universo paralelo, inimaginável, lugar fictício. Basicamente, um mundo que nunca irá existir, pois é um mundo perfeito. Enquanto isso, a palavra distopia que é o contrário de utopia. Ou seja, ela significa um universo autoritário, desigual e com divisão de classes econômicas. Basicamente, um mundo que tem a distopia é um universo controlado pelo Estado, o qual explora a classe inferior, os tornando súditos, um meio opressor, com condições precárias de humanidade. Contudo, nesse mundo os problemas são camuflados, fingindo uma perfeição de sistema, o que resulta em uma estupidez coletiva. Para explicar melhor, os principais traç

As memórias de indígenas do Brasil eternizadas para as futuras gerações... na Noruega

Num país em que o extermínio do seu povo e da sua história já foi naturalizado, o Museu da Pessoa leva para um arquivo mundial digital a história de algumas lideranças dos povos originais. Por que não aprendemos nada com nossas tragédias? Povo Krenak. ACERVO PLINIO AYROSA /USP PIB SOCIOAMBIENTAL 2019 é, segundo a ONU , o ano internacional das línguas indígenas . A justificativa é de que as línguas importam para o desenvolvimento, a construção da paz e a reconciliação. Por incrível que pareça, começamos, no Brasil, esse mesmo ano com um governo eleito que nega a legitimidade das demarcações das terras indígenas no Brasil e com a tragédia de Brumadinho , que repetiu Mariana , ao descarregar resíduos de minério sobre cidades, rios e campos, matando pessoas e todo tipo de vida aquática e terrestre. 2019 pode também ser chamado, no Brasil, de Ano do Esquecimento, pois, ironicamente, as terras de Brumadinho e Mariana são as mesmas terras do povo Krenak, conhecidos c