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Mostrando postagens com o rótulo Mulheres nas Letras

Conceição Evaristo: “A nossa voz, quando se torna texto literário, incomoda”

Por Júlia Manzano  Fotos: Daniel Guarin/Nonada Na noite de quarta-feira (2), o Salão de Atos lotado aplaudiu de pé as falas de Conceição Evaristo, Jarid Arraes, Jeferson Tenório, Djamila Ribeiro e Winnie Bueno em diversos momentos. A abertura do Festipoa Literária foi mais do que uma discussão sobre literatura, mas um marco. O evento foi dividido em três momentos: uma mesa, mediada por Jeferson Tenório, com Conceição Evaristo e Jarid Arraes seguida de um documentário sobre a vida e a obra de Conceição; uma declamação de poesia slam com Cristal Rocha e Morgana Benevenuto; e uma mesa mediada por Winnie Bueno com Djamila Ribeiro. O evento era intitulado “Escrevivências” e teve a complexidade do título. Qual o poder da literatura? Qual a coletividade da palavra? Como as vivências atuam perante nós e nossa escrita? Esses foram apenas alguns dos temas da noite abordados por Jeferson Tenório e Winnie Bueno e aprofundados por Conceição Evaristo, Jarid Arraes e Djamila Ribeiro.

Maya Angelou: “Ainda assim eu me levanto”

Maya Angelou, figura extraordinária das letras norte-americanas, foi porta-voz dos anseios e da revolta dos negros. Amiga de Martin Luther King e de Malcolm X, a vida inteira dedicou-se à militância pelos direitos civis de seu povo. Nascendo em Saint Louis – Missouri, partindo de uma infância miserável e cheia de tropeços no Sul profundo, educou-se, para consagrar-se a duas causas: a seu povo e à poesia. Viajou pelo país fazendo campanhas onde fosse necessário; posteriormente percorreria também a África, sempre denunciando a injustiça. Artista polivalente, fez teatro, cinema, televisão, dança. Autora de livros de memórias e assessora de presidentes, soube empunhar a poesia como arma de luta pela emancipação. Selecionamos o mais famoso de seus poemas, verdadeira declaração de princípios que serve como hino de guerra da resistência à opressão e é recitado por toda parte em ocasiões públicas. Desafio ao opressor, reitera o refrão “Eu me levanto”, trazendo para o poema as conotaç