É bom amar tanto quanto possamos, pois nisso consiste a verdadeira força, e aquele que ama muito realiza grandes coisas e é capaz –– e o que se faz por amor está bem feito. Quando ficamos admirados com um ou outro livro, por exemplo, tomando ao acaso: “A Andorinha”, “A Calhandra”, “O Rouxinol”, “As Aspirações do Outono” [...] é por quê estes livros foram escritos de coração, na simplicidade e na pobreza de espírito. Se só pudéssemos dizer umas poucas palavras, mas que tivessem sentido, seria melhor que pronunciar muitas que não fossem mais que sons vazios, e que poderiam ser pronunciadas com tanto mais facilidade, quanto menos utilidade tivessem.
Se continuarmos a amar sinceramente o que na verdade é digno de amor, e não desperdiçarmos nosso amor com coisas insignificantes, nulas e insipidas, obteremos pouco a pouco mais luz e nos tornaremos mais fortes.
— Van Gogh. Cartas a Théo. Coleção L&PM POKET: abril de 1997, p. 27.
Obra de arte: “O Pintor na Estrada de Tarascon”, composta por Van Gogh em agosto de 1888. Lamentavelmente, a pintura foi destruída por fogo durante a Segunda Guerra.
Fonte: Literatus
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